Eu tento jogar fora as fotos que não tiramos, as cartas que não trocamos, esquecer os momentos que não tivemos, mas a todo tempo eu ainda busco e espero algo que me diga, me grite alto “NÃO O FAÇA”. Mas há apenas o silêncio, o vazio, que não me diz nem que sim nem que não. Talvez a vida seja realmente lógica, o nada não se pensa, não se descarta o que não se tem, não é possível relacionar-se com coisa nula.
Continuo no vácuo - na impossibilidade de significado, de simbolização, de entendimento, de compreensão e de paz - porque estou a todo o momento indagando-me o significou todo esse sentimento, o que fazer agora, o que é ele hoje e o que será dele.
